Partindo do principio animal, não devemos nada a ninguém, toda e
qualquer espécie que não seja o do ser humano cruzam ou se acasalam ao seu bel
prazer, sem parentesco que os empeçam, sem ligações sociais que os denominem.
Então no reino animal vale o instinto.
Então nós humanos formadores de cidades, tecnologias e culturas diversas
também criamos um artifício social denominado de fidelidade conjugal, afinal
quando se ama se cuida, quando se ama se completa e tudo isso culmina na
suposta eternizarão da relação, o Amor se não cai nesse desfecho social não desabrocha
como deveria desabrochar.
Ah o casamento! Artifício capitalista cristão que unem duas almas
em uma só, com laços que em seu apogeu somente poderia ser desfeito na morte: Prometo
estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na
pobreza, amando-te, respeitando-te e sendo-te fiel em todos os dias de minha
vida, até que a morte nos separe.
Então o cerne humano vacila entre o social e o animal que abita
em suas entranhas, pois a infidelidade causa tamanha devastação em um
relacionamento que o amor empregado nela vai definhando, minguando e por fim
evapora como as mais delicadas essências da natureza. Devemos a nossa origem
animal o desejo pelo não provado? Ou nos enganamos com um suposto amor que até
poderíamos ter, mas que não suporta o peso do tempo e da rotina.