Então,
o peru acabou e o champagne foi bebido! As felicitações foram ditas, as roupas
novas foram usadas e vistas e os fogos de artifícios estourados.
Visto
tudo isso o que podemos tirar das entrelinhas desse período, quais foram
realmente os afetos ditos de boa boca, quais as visitas bem vindas de fato.
Sempre tive a impressão que nesse período todo mundo se arma de um espírito
progressista e social, em que se perdoa parcialmente, se entende com um apreço
maior. Porque enfim o espírito das festas esta no ar, e quem não seguir a coerência
desse período julgado será.
Não
que as pessoas realmente não tenham o genuíno sentimento nessa fase, mas é uma
convenção periódica tão efêmera que não consegue perdurar ao menos até o
primeiro dia do ano subsequente. Sejamos sinceros uma fase tão mercantilista e burguesa
que nos foi introduzida na sociedade prima apenas pelas leves e supérfluas
situações amáveis e
pontuais
rodeada e claro pelo capitalismo das coisas a se consumir.
Então
vem janeiro, fevereiro, março.... E nos tornamos humanos demasiados humanos e
assumimos o que era estabelecido em nossas velhas raízes. E assim se inicia o
velho e novo ciclo.